Você arremataria o imóvel do Podcast “A mulher da casa abandonada”?

Eu simplesmente sou tão apaixonado por Podcasts que resolvi criar este programa para ter um para chamar de meu.

Inclusive fiz cursos sobre o tema e um deles, aliás o que eu mais gostei, foi um ministrado pelo ótimo jornalista jornalista Chico Felitti.

Então não me surpreendi quando descobri que o Podcast que está mais fazendo sucesso atualmente, gerando discussões na internet e reportagens na TV foi criado e apresentado por ele:

“A mulher da casa abandonada”.

Nesta instigante série de podcast, Chico apresenta o caso de uma misteriosa mulher que mora em uma casa abandonada em um dos bairros mais nobres de São Paulo.

Sua investigação descobre o caso de uma mulher foragida e perseguida pelo FBI americano por ter cometido o crime de manter uma pessoa em situação análoga à escravidão durante vinte anos.

Um caso horrível, mas que trouxe à tona uma situação muito ignorada pelas pessoas que é as relações abusivas de trabalho e que ainda existem em muito lugares aqui no Brasil e no mundo.

O trabalho do Chico é excelente no podcast e duvido muito que alguém fique indiferente ao ouvir os episódios da série.

Mas aproveitando o gancho apresentado por este caso, puxei aqui uma situação que envolveria leilões de imóveis:

E se este imóvel da personagem principal, a Margarida Bonetti, e mesmo com toda a repercussão do caso fosse levado hoje a leilão. Você arremataria este imóvel?

Antes de analisarmos as respostas para esta indagação, eu gostaria de deixar de lado uma possibilidade: a de se querer arrematar para morar no imóvel.

Vou apenas concentrar as análises para a situação de um arrematante investidor, aquele que arremata um imóvel apenas visando revendê-lo com lucro.

Então vou reformular a questão: Você, como um arrematante investidor, arremataria o imóvel da “mulher da casa abandonada”?

Se a sua resposta for não, eu gostaria de tentar entender…

Certamente você não gostaria de entrar em um negócio que despertou tanta atenção, que transformou a casa em um ponto de peregrinação.

Isso eu posso compreender…

Mas, se pensarmos bem, este imóvel tem que ser pensado friamente como qualquer outro que vai a leilão: a principal pergunta, portanto é: existe lucro em adquirir este em um leilão?

E pelo que soube até o momento sim.

Vejamos: segundo algumas informações este imóvel estaria avaliado em 10 milhões de reais.

Então, não importando o estado do imóvel, que está praticamente condenado a demolição, seja por sua localização e terreno, este imóvel ainda assim vale 10 milhões.

Vamos novamente imaginar que ele esteja indo a leilão por um processo judicial e que o desconto concedido em segunda hasta seja de 50%.

Mesmo que exista uma disputa que eleve o lance em um milhão, estaríamos ante um possível lucro de quatro milhões.

A venda ocorreria para alguma grande construtora, o que também não seria caso de preocupação.

Portanto, como um consultor de leilões eu indicaria facilmente este leilão como um ótimo negócio para qualquer arrematante investidor.

Eu trouxe este assunto porque considero muito válido este exemplo porque muito arrematantes cometem um erro enorme: querem primeiro se apaixonar pelo imóvel que pretendem arrematar.

Para uma arrematante profissional isso não faz o menor sentido.

Um arrematante profissional deve apenas garantir o lucro do negócio.

Todo e qualquer imóvel, por melhor ou pior que seja, novo ou velho, bonito ou feio, possui um valor comercial.

Se existe um lucro entre o lance de arrematação e o valor da venda futura então é um bom leilão.

A lição aqui é está: não olhe para os imóveis com qualquer preconceito de gosto pessoal.

Minha experiência diz que um imóvel lindo, barato e sem problemas vai ser tão concorrido que vai estragar o lucro dele.

Claro que não estou dizendo que todo leilão é bom, mas com o conhecimento e o filtro correto você vai encontrar muitas oportunidades de bons negócios.

E então… agora depois de ouvir esses argumentos, quero saber de você: você arremataria o imóvel da mulher da casa abandonada?

Eu adoraria ler os seus comentários.

Abraços,

Claudino Vicente